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Ai! Se Sêsse!
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Se um dia nóis se gostasse
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Se um dia nóis se queresse
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Se nóis dois se impareiasse
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Se juntim nóis dois vivesse
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Se juntim nóis dois morasse
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Se juntim nóis dois drumisse
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Se juntim nóis dois morresse
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Se pro céu nóis assubisse
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Mais porém se acontecesse
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De São Pedro não abrisse
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A porta do céu e fosse
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Te dizer qualquer tolice
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E se eu me arriminasse
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E tu com eu insistisse
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Pra que eu me arresouvesse
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E a minha faca puxasse
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E o bucho do céu furasse
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Tauvez que nóis dois ficasse
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Tauvez que nóis dois caísse
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E o céu furado arriasse
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E as virge toda fugisse
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Poesia: Zé da Luz – Severino de Andrade Silva – aqui declamada pela banda Cordel do Fogo Encantado.
Imagens: O Livro de Fadas Prensadas de Lady Cottington.
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